FALÁCIA NARRATIVA DO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA OU ALCOÓLICA
Falácia
narrativa no tratamento da dependência química ou alcoólica
Atualmente, o tratamento da dependência
química ou alcoólica é assim: “faça o que a gente diz, não temos
responsabilidade nenhuma sobre isso, se der certo a solução foi nossa e se der
errado o problema é seu e da família.”
Este texto consiste numa crítica
abstemiológica ao modelo atual de tratamento — ou tentativa de tratamento — da dependência química ou
alcoólica. Vou apresentar pontos técnicos que representam falhas no sistema, mas
que, infelizmente, são utilizados como possíveis soluções.
Os erros, equívocos, omissões, incertezas ou enganos relacionados às argumentações são vastos. Nesta singela lista cito 29 (vinte e nove) modelos de erros argumentativos no tratamento da dependência química ou alcoólica: argumento do “não saber”, disponibilidade heurística, efeito avestruz, efeito da popularidade afetando o raciocínio lógico, efeito placebo, erro de indução, estereotipagem, falácia ad hominem, falácia da bola de neve, falácia da generalização ou composição, falácia da separação ou divisão, falácia do escocês, ilusão da aglomeração, percepção seletiva, recência, saliência, superconfiança, viés da âncora, viés da confirmação, viés da informação, erro de raciocínio cíclico, viés da sobrevivência, viés do conformismo, viés do ponto cego, viés do resultado, viés do risco zero, erro de redundância, viés do suporte de escolha e viés pró-inovação. Estes modelos de erros estão embutidos na maioria dos modelos de recuperação e de tratamento da dependência química ou alcoólica. Durante esse texto diversos exemplos serão citados. Gosto de exemplificar já que isso facilita a absorção do conhecimento. Vamos a eles.
Além dos famigerados erros de lógica, existem outros fundamentos para falácias narrativas, tais como: reducionismo puro e simples, reducionismos às avessas ou reducionismo disfarçado de amplitude, opacidade técnica dos modelos, obscurantismo científico, ausência de visibilidade dos modelos de superação ou apresentação sistemática de modelos contaminados de estigmatização, análises estatísticas com amostras limitantes, acompanhamento longitudinal exíguo, sistema de fragilidades interligadas, ilusões de concretude frequentes, distorções retrospectivas e ignorância acerca de evidências silenciosas.
Veja a íntegra do texto.
FALÁCIA NARRATIVA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA OU ALCOÓLICA
Bons estudos!
Escritor:
Péricles Ziemmermann
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